Viva o Zé Fogueteiro! Viva!
- AMÉRICO PERIN

Junho é realmente um mês especial. Dia dos Namorados e as Festas Juninas, estas que lutam bravamente para mantermos nossa cultura, tradição, alegria... Elas são uma das manifestações culturais mais populares e queridas do Brasil.
Celebradas especialmente nos meses de junho e julho, possuem um encanto que me leva de volta aos tempos de criança.
Vindas da Europa, chegaram ao Brasil trazidas pelos portugueses e aos poucos foram recebendo influências dos costumes dos nossos índios, dos africanos e dos nossos sertanejos.
Muito embora sejam festejadas no Brasil todo, foram se adaptando com os costumes característicos de cada região deste país continental e, hoje, o Nordeste mantém a tradição com mais força. Lá ainda se encontram grandes arraiais, quadrilhas elaboradas, fogueiras, shows de forró e forte religiosidade. Enquanto isso, por aqui, as “festinhas” juninas ficam restritas a algumas escolas, igrejas e comunidades, mais focadas na confraternização e em brincadeiras como correio elegante, pescaria e casamento caipira.
Ah, meus tempos de criança, quando, na véspera do dia de São Pedro, levantávamos bem cedinho para recortar as bandeirolas coloridas, colá-las aos barbantes e depois pendurá-las por sobre o terreiro, que todos ajudavam varrer até que a poeira solta sumisse. Enquanto isso, os homens montavam a enorme fogueira que nos aqueceria na noite fria e preparavam os bancos de madeira para os convidados se acomodarem. Também era deles as atividades de preparação dos fogos de artifício e balões - que, na época, eram permitidos. As mulheres, na cozinha, preparavam: pé-de-moleque, pamonha, curau, milho verde, doce de batata, de abóbora e todas as outras delícias que compunham a festa.
E, no começo do anoitecer, todos de banho tomado e devidamente trajados para o evento, esperávamos o som da “Furiosa”, que vinha galhardamente pela estrada de terra marchando e tocando o Dois Corações ou o Batista de Melo.
Depois de muita dança e brincadeiras noite adentro, todos se juntavam ao redor das brasas do que fora a fogueira e ali, ainda aquecidos, era o momento de assar a batata-doce.
Nenhum vizinho reclamava do barulho, até porque eles ainda não existiam por perto. Lembro que as casas eram longe umas das outras e no Ipiranga, lá em São Paulo, as ruas eram todas de terra!!! E, vez ou outra, por elas passava um carro de boi com suas rodas soando a monótona canção que lhes era própria.
Para nós, a véspera do dia de São Pedro era motivo de festa maior, pois comemorávamos o aniversário da nossa irmã Marlene...
Bom, vou parando por aqui e alguns já devem estar pensando: “ele esqueceu do quentão” ... Não, não esqueci. É que eu era criança e criança não podia beber quentão...
Só para lembrar, por hoje, aqui vai a foto da nossa Orquestra, no Coreto da Praça 21 de Abril, quando em 7 deste mês dava abertura à Semana do Meio Ambiente, recebeu as ilustres visitas do nosso Prefeito, Zezinho Gimenes, e Secretários Carlos Alexandre Ribeiro Gomes e Luiz Fernando Laurenti.
LEGENDA FOTO
Da esquerda para a direita: Carlos Alexandre, Américo Perin, Zezinho Gimenez e Fernando Laurenti.
Ele voltou! Portanto, aguardem para breve as novas inaugurações com seus foguetes e rojões!...