Vacina da Pfizer/BioNTech causa dois casos de reação alérgica; agência britânica faz alerta

Vacina da Pfizer/BioNTech causa dois casos de reação alérgica;  agência britânica faz alerta
16/12/2020

Duas pessoas tiveram reação anafilática. Vacinação começou dia 08 de dezembro. Órgão quer que alérgicos evitem tomar a vacina

 

Pessoas com histórico de reações alérgicas severas não devem receber a vacina Pfizer/BioNTech contra a covid-19. O alerta foi dado pela MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido).

O aviso veio depois que duas pessoas que se vacinaram na última terça-feira tiveram reação anafilática depois da injeção. Os dois foram assistidos e passam bem.

A MHRA pediu que qualquer pessoa com “histórico significativo” de reações alérgicas a medicamentos, alimentos ou outras vacinas evite, por enquanto, receber doses do imunizante.

June Raine, chefe da agência reguladora, relatou as reações ao testemunhar na quarta-feira, 09 de dezembro, a um comitê parlamentar: “Estamos analisando os dois relatos de casos de reações alérgicas”, disse. “Sabemos, por meio de extensos ensaios clínicos, que isso não era uma característica”.

O MHRA se tornou o primeiro órgão regulador a aprovar a vacina Pfizer/BioNTech. A vacinação no Reino Unido começou em 08 de dezembro e alimentou a esperança de toda a população mundial. Receberam o imunizante funcionários da área da saúde, funcionários de asilos e idosos.

A Pfizer e a BioNTech anunciaram o resultado final dos testes em 18 de novembro. A vacina mostrou 95% de eficácia na prevenção da covid-19. Os estudos não mostraram nenhum evento que motivasse preocupações de segurança.

As empresas solicitaram, em 20 de novembro, aprovação à autoridade sanitária norte-americana (FDA) para o uso emergencial nos Estados Unidos. O pedido será analisado pelo órgão americano. As farmacêuticas aguardam ainda análise da EMA (Agência Europeia de Medicamentos).

O Reino Unido, que tem pouco mais de 66 milhões de habitantes, encomendou 40 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, mas apenas 800.000 estarão disponíveis nesta primeira semana de campanha. Já houve problemas logísticos na fabricação e distribuição e, por isso, o processo será gradual, com as pessoas mais vulneráveis e os profissionais de saúde no topo da fila.

Ao visitar um dos postos de vacinação, o primeiro-ministro, Boris Johnson, agradeceu ao NHS, aos cientistas que trabalharam para desenvolver a vacina, aos voluntários e a “todos que têm seguido as regras para proteger os outros”.