CRISTINA FRAMARTINO BEZERRA

Eclesiastes 3:1 diz: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu."
Creio que posso me considerar uma grande observadora da Humanidade. Acho que exatamente isto me levou a cursar História na faculdade. Somos inquietos, amorosos, calorosos algumas vezes, distantes outras, mas, acima de tudo, a grande maioria dos seres é composta de julgadores e críticos.
Queremos ter resposta pra tudo. E temos uma gama incansável de "E se..."
O assunto do Brasil e até de muitos veículos de comunicação de outros países foi a queda e a dificuldade de resgate da linda jovem Juliana Marins. Para além de se alegrar com uma menina cheia de vida que teve a feliz oportunidade de viajar pelo mundo realizando seus sonhos, muitos apontaram suas metralhadoras para o fato de ter viajado sozinha, ou então com as clássicas suposições de uma coisa ou outra.
Eu, quando soube da queda e da situação em que estava a Juliana, imediatamente me coloquei no seu lugar e lembrei da curiosa e corajosa Cris Bezerra de 18, 20, 25, 30, 35 anos! Quantas aventuras! Atravessava rios e caminhava 7, 8, 10 quilômetros pra chegar a alguma cachoeira mais bonita... Serra da Canastra, Chapada dos Veadeiros... E já com meus 40 e poucos, a investida solo de Ribeirão ao Espírito Santo, por uma serra perigosa, cheia de curvas, ônibus e caminhões!
Que delícia! Parava onde queria, fazia exatamente tudo do jeito que eu imaginava, sem preocupações ou cobranças!
Hoje, fico pensando que em nenhum daqueles momentos eu pensava na possibilidade de algo dar errado. Tive o carro "encravado" algumas vezes. Foi lama pra todo lado... Uma vez em São Roque, a caminho da "Casca Danta" (desta vez acompanhada pela amiga também aventureira Karen Pustiglione), ficamos horas com o carro num buraco... Isto porque minutos antes eu tinha dito de que serviria seguro ou celular num lugar daqueles... Fomos resgatadas por jipeiros muito queridos que apareceram por lá!...
A minha sorte em todas as situações inesperadas é que sempre fui exagerada com comida e água (quem me conhece sabe que não viajo 50 km sem estar abastecida!)...
Mas voltando à Juliana, penso que era exatamente o momento dela! Claro que tudo poderia ser diferente se as ações fossem mais rápidas, sabemos disto... Mas ela também poderia ter sofrido uma queda fatal... Enfim... No meu conceito, que hoje já não tenho mais minhas maiores companheiras de aventura comigo, a Mag e a Karen, com vidas alegres e felizes ceifadas cedo pelo câncer, penso que a menina do vulcão virou borboleta alegre e feliz, para continuar suas expedições por onde desejar! E sua morte nos deixa muitos ensinamentos sobre mais segurança e equipamentos quando decidirmos seguir trilhas pelo mundo! Mas a mais importante é que se deve viver tudo no tempo do agora, com vontade, paixão e alegria, porque a gente nunca sabe quando poderá haver um precipício no meio do caminho!
Muito Amor e Luz pra você!
Cristiane Framartino Bezerra
Historiadora de Religiões, Escritora, Angelóloga
Atendimento Angélico presencial em Ribeirão Preto e Sertãozinho e à distância!
Agendamento: 16 999941696 ou
Instagram: @crisbezerrarp