CRISTIANE FRAMARTINO BEZERRA

Um era de Assis. Nascido Giovanni. Depois de uma juventude inquieta e de riqueza, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. Com gestos simples, de pregação itinerante e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, conseguiu ter um nível supremo de empatia, de identificação com as dores de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Mestre.
O outro era de Buenos Aires. Nascido Jorge Mário. De uma juventude simples e alegre, descobriu cedo sua vocação para o caminho sacerdotal e ao longo de sua vida destacou-se por sua humildade, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Francisco tornou-se Papa e fez uma verdadeira revolução nos ritos e na forma de se conduzir como tal. Optou pela simplicidade. Era Jesuíta, fez voto de pobreza, tanto quanto o Santo de sua inspiração, para o nome que adotou ao ser escolhido Papa.
Apenas e tão somente caminhou suavemente pela vida, tendo o Mestre Jesus como seu modelo maior. Como todos que optam pela essência verdadeira do cristianismo, ao professar sua fé, enfrentou oposição. Mas não se deixou abater. Simplesmente seguiu sua caminhada com coragem e fé.
Eu sou imensamente grata a Deus pelas tantas oportunidades que tive e tenho nesta vida de me encontrar com muitos que professam verdadeiramente a fé que trazem na alma.
Em Julho de 2013 eu morava no Rio de Janeiro. Privilegiadamente no 12º. Andar do Edifício Anápolis, na Nossa Senhora de Copacabana. Minha ampla janela se abria para o céu da Avenida Atlântica. Não via o mar porque na minha frente havia um prédio maior, mas da minha cama, assistia a televisão e via ao mesmo tempo os helicópteros da Força Aérea Brasileira passando, conduzindo o Papa ao Forte de Copacabana, a poucos metros de onde eu vivia.
Assim que avistava as aeronaves eu descia correndo e ia para Atlântica esperar a passagem do Papa, que visitava o Brasil, naquele momento lindo de Jornada da Juventude. Nunca vi o Rio de Janeiro em tanta paz, harmonia e alegria quanto naquele mês e ano. Busquei o registro fotográfico daquele santo momento em que direcionei o celular enquanto o Papa Francisco passava, mas não encontrei... Um clarão de luz imenso está na foto sobre a sua cabeça, sem que houvesse nenhum poste por ali naquele momento... Lembro exatamente daquele instante, daquele sorriso e depois da sua fala durante a homilia, na missa. Um verdadeiro mar de gente à beira do mar de Copa, num silêncio respeitoso e absoluto, palavras que marcaram minha vida e minhas atitudes para sempre. Conclamou a todos, jovens, crianças, adultos, a serem modelos vivos do amor de Jesus na Terra. Começando dos pequenos gestos ao mantermos limpas aquelas areias durante aqueles dias de prece e celebração e tratando a cada próximo do caminho com o mesmo carinho que o Mestre nos trataria a todos.
Para mim, a sua partida foi muito sentida, assim como para milhões de pessoas em todo o mundo. Mas estou certa da grandiosidade do seu exemplo e do seu legado. Fico na torcida para que os tantos projetos de respeito a todos, aos menos favorecidos e ao meio ambiente que implantou no Vaticano e inspirou as igrejas católicas do mundo todo permaneçam inalterados, que continuem. Que a graça de ser Francisco envolva a cada um de nós e possamos compreender, respeitar e seguir os verdadeiros valores para quem deseja uma vida de plenitude, amor e paz!
Muito Amor e Luz a você!
Cristiane Framartino Bezerra
Historiadora de Religiões, Escritora, Angelóloga
@crisbezerrarp
Consulta Angélica fone 16 999941696