Serviços de saúde de Sertãozinho devem se adequar à notificação compulsória em suspeitas de dengue e febre chikungunya

Profissional trabalha com nebulização para bloqueio de criadouros em imóvel no Alto da Semar, no último dia 24. Com o aumento da notificação dos casos suspeitos, trabalho, que é desenvolvido rotineiramente pelo Núcleo de Controle de Vetores, poderá ser ap
06/03/2015

A Administração Municipal de Sertãozinho deu mais um importante passo para intensificar as ações de prevenção e bloqueio de transmissão de dengue e febre chikungunya, com a elaboração do Decreto nº 6.277, de 06 de fevereiro de 2015, que determina a notificação compulsória imediata (realizada em até 24 horas) dos casos suspeitos das doenças aos serviços de Vigilância em Saúde do município.

A regra vale tanto para os serviços públicos de saúde, quanto para os privados (convênios médicos), e de acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, a medida foi tomada com o objetivo de evitar o avanço da dengue, bem como o surgimento de casos da febre chikungunya. “Várias cidades do nosso estado já estão enfrentando sérios problemas devido à epidemia de dengue. Muitos já registraram casos de morte relacionados à doença, o que nos chama ainda mais a atenção, pois mostra que a doença está mais agressiva”, avalia a coordenadora do setor, a enfermeira Ana Paula dos Santos.

Ainda de acordo com a profissional, a importância da notificação dos casos suspeitos está na agilidade do início das ações de bloqueio de criadouros. “Quando a notificação do caso suspeito chega até a Vigilância, oriunda de qualquer serviço de saúde do município, o Núcleo de Controle de Vetores é acionado, para realização do bloqueio de criadouros no endereço citado pelo paciente. Dessa forma, visamos interromper o mais rápido possível a cadeia de transmissão da doença, evitando o surgimento de novos casos”, explica.

Outro fato preocupante foi a confirmação de um caso de febre chikungunya, no município de Ribeirão Preto, no último dia 11. Já são mais de 1300 casos da doença confirmados no país, desde novembro do ano passado, os quais estavam concentrados, até então, na Bahia e no Amapá, principalmente. “É um sinal de alerta e todos devem estar atentos. Embora os serviços de saúde do município tenham sido comunicados da rotina de notificação compulsória regulamentada pelo Decreto, pedimos à população que nos ajude neste processo, cobrando dos profissionais de saúde que os casos suspeitos de dengue ou febre chikungunya sejam notificados à Vigilância Epidemiológica do município, pois assim, podemos agir antecipadamente a novas transmissões. Esse trabalho já existe em nossa cidade, mas com sua intensificação, as chances de obtermos melhores resultados aumentam muito”, explica a secretária municipal de Saúde, Rita Rosana Montenegro, que reforça: “exigir a notificação de um caso suspeito dessas doenças é um direito dos cidadãos”.

O Decreto nº 6.277, que dispõe sobre a notificação compulsória de casos suspeitos de dengue e febre chikungunya está disponível para consulta no site da Prefeitura Municipal (www.sertaozinho.sp.gov.br), na edição nº 1.358 do Jornal Oficial de 11 de fevereiro de 2015.

Dúvidas podem ser esclarecidas junto ao serviço de Vigilância Epidemiológica, através do telefone 3945-7640 ou do e-mail vigilanciaepidemiologica@sertaozinho.sp.gov.br.

Mais sobre febre chikungunya e dengue

A febre chikungunya é causada pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, com sintomas semelhantes, como febre, cefaleia, dor muscular, manchas vermelhas pelo corpo, náuseas, entre outros. O que chama a atenção para esta doença são as fortes dores nas articulações, que podem deixar os pacientes incapacitados por um período, devido à dor, inchaço e rigidez.

Não há tratamento específico para ambas as doenças. Os sintomas são amenizados com o uso de medicações para dor e febre, e ainda não existem vacinas para preveni-las; assim, o único meio preventivo se faz através da eliminação dos criadouros do mosquito, por meio de medidas simples, como verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas não estão entupidas, colocar areia nos pratos dos vasos de plantas, entre outras.

Havendo suspeita das doenças, o cidadão deve procurar um serviço de saúde e exigir que seu caso seja notificado à Vigilância Epidemiológica, para que sejam adotadas todas as medidas de eliminação do mosquito transmissor.