Primavera marca aumento de doenças respiratórias e exige cuidados em casa e no dia a dia
Estação favorece crises alérgicas e infecções; infectologista destaca medidas simples de prevenção
A primavera, que terá início em 22 de setembro e segue até 21 de dezembro, traz mudanças que vão além da paisagem florida. O aumento da temperatura, a maior concentração de pólen no ar e a intensificação da poeira doméstica favorecem a ocorrência de doenças respiratórias. Rinite, sinusite, asma e até infecções virais tendem a ser mais frequentes neste período, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com histórico de alergias.
Segundo a médica infectologista Dra. Silvia Fonseca, docente do IDOMED (Instituto de Educação Médica), a estação é um desafio para quem convive com problemas respiratórios. “O pólen das flores, aliado a fatores como poeira e ácaros, aumenta a irritação das vias aéreas e pode desencadear crises. Por isso, é esperado que os atendimentos relacionados a essas doenças cresçam nesta época do ano”, afirma.
A especialista recomenda medidas simples para reduzir os riscos dentro de casa, como manter os ambientes ventilados, trocar com frequência roupas de cama, evitar o acúmulo de poeira em tapetes e cortinas e limpar filtros de ar-condicionado. Nos casos de crianças alérgicas, com asma ou bronquite, ela orienta cuidados adicionais. “O ideal é evitar bichos de pelúcia ou lavá-los semanalmente, encapar travesseiros e colchões com plástico para melhorar a higiene e realizar a limpeza com pano úmido, sem varrer, para impedir que a poeira se espalhe”, destaca a Dra. Silvia.
Outro ponto de atenção é a automedicação, prática que, segundo a médica, pode agravar os quadros clínicos. “O uso indiscriminado de antialérgicos ou descongestionantes pode mascarar sintomas e atrasar o diagnóstico. A indicação adequada precisa vir do médico”, ressalta.
LEGENDA:
Dra Silvia Fonseca, médica infectologista e docente do IDOMED
