AMÉRICO PERIN
Num mundo cada vez mais globalizado, a condução política adequada é essencial para manter e expandir acordos comerciais que garantam o crescimento econômico e a estabilidade nacional.
A atuação de políticos despreparados, caracterizada pela falta de educação formal e sem visão estratégica, discurso populista e erros diplomáticos (sem falar nos de linguagem), pode resultar na perda de acordos comerciais fundamentais para o país, especialmente durante crises internacionais.
Outro dia, enquanto esperava o café passar, vi uma foto no jornal: dois políticos apertando as mãos, sorrindo como velhos amigos que, supostamente, dividem ideais e interesses. Atrás deles, bandeiras. No rodapé, palavras como "aliança estratégica", "cooperação", "relacionamento histórico".
O demagogo e o populista com seus discursos sempre voltados para seus próprios interesses simplificam problemas complexos, favorecendo narrativas que atendem ao imediatismo e ao seu próprio futuro político e até às vezes à segurança da sua liberdade e manutenção da sua fortuna criada de forma não muito clara, mas discutível, em vez da solução efetiva dos problemas. Sem saber, claro, pois são ignorantes, esses tipos de políticos com seus discursos sem conteúdo para o momento atual acabam na negação de fatos científicos, acusações a parceiros internacionais e promessas infundadas.
Alguém não devidamente preparado, que, lançado à vida política por interesse de grupos não alinhados com o pensamento verdadeiramente democrático, cria um ambiente de desconfiança e hostilidade, polarizando tanto à população interna quanto aos parceiros comerciais.
Declarações desastradas (e mal-educadas) que atacaram publicamente a União Europeia contribuíram para o congelamento do acordo Mercosul-UE e agora conduziram a relação entre nosso país a uma posição política e econômica delicada, frente ao país mais poderoso do mundo e essencialmente democrático (de verdade).
O café ficou pronto. Tomei em silêncio. Lá fora, o céu anunciava chuva, mas as ruas seguiam secas. Vai ver, é isso: nem todo sinal se confirma, mas ainda assim a gente sente que vem coisa por aí.