Pequenas indústrias de Sertãozinho buscam espaço como gigantes no mercado nacional

Pequenas indústrias de Sertãozinho buscam espaço como gigantes no mercado nacional
22/09/2025

Comunicação bem feita é a chave para indústrias da região crescerem além do interior de SP

 

Reconhecida como a capital mundial da bioenergia, Sertãozinho reúne mais do que produção e tecnologia. A região possui um potencial de visibilidade ainda pouco explorado pelas pequenas e médias indústrias. Segundo especialistas em comunicação, muitas dessas empresas têm estrutura e resultados robustos, mas carecem de posicionamento estratégico para crescer além da região.

Silvana Piñeiro, jornalista com mais de 28 anos de atuação como assessora de imprensa entre o Brasil e Europa, é categórica: “A cidade já é rica. Falta apenas transformar essa relevância em narrativa. Para as pequenas indústrias locais, comunicar não é luxo, é sobrevivência.”

Para a especialista em comunicação B2B, o investimento necessário está longe de exigir grandes orçamentos. “Uma rede social bem gerida, um site atualizado e presença estratégica na mídia regional e nacional são suficientes para ampliar a credibilidade e abrir novos mercados”, afirma.

De acordo com dados de 2024, a região registrou R$ 37,1 bilhões em faturamento, sendo R$ 24,4 bilhões apenas do setor industrial. Grande parte dessa produção atende ao agronegócio e à cadeia da energia renovável, segmentos que colaboram para que o Brasil tenha 49% de sua matriz energética baseada em fontes renováveis, contra uma média global de apenas 15%.

Mesmo com esses números expressivos, muitas empresas continuam com pouca presença digital ou visibilidade nacional. Um cenário que pode mudar com planejamento e estratégia. Stephanie Spredemann Friesen, coordenadora de redes sociais da agência de comunicação Smartcom, explica que LinkedIn e Instagram são canais prioritários para gerar negócios. “Cuido da comunicação digital de indústrias em diferentes regiões do Brasil. Com estratégia e frequência, o alcance pode ultrapassar as fronteiras locais e atingir o público nacional e até internacional”, afirma.

Os dados reforçam a importância da presença online: 98% das indústrias de São Paulo são de pequeno e médio porte (Fiesp), 74% dos brasileiros procuram produtos nas redes sociais, mesmo no b2b, 54% afirmam que seguir uma marca influencia suas decisões de compra (We Are Social, 2024).

Stephanie completa: “As redes sociais não são custo, são investimentos. E de alto retorno”. Silvana concorda: “A comunicação é o motor de crescimento. Uma matéria de jornal bem colocada pode atrair a atenção dos decisores e elevar o patamar de uma empresa em uma concorrência, por exemplo.”

A conclusão é clara: as indústrias de Sertãozinho já possuem excelência na produção, o próximo passo é tornar essa excelência visível e gerar ainda mais valor para a região. Para isso, contar a história certa para o público certo se torna um diferencial competitivo. “A diferença entre se manter restrito à região ou conquistar novos mercados pode estar na forma como sua marca se apresenta ao mundo”, resume Silvana Piñeiro.

 

Damaris Pedro - damaris.pedro@smartcom.net.br