Nova onda de Covid-19 e chegada da gripe H3N2 afetam profissionais da Saúde

Nova onda de Covid-19 e chegada da gripe H3N2 afetam profissionais da Saúde
26/01/2022

Cerca de 30% dos colaboradores de alguns setores da Santa Casa de Sertãozinho estão afastados por esses motivos 

 

No fim do ano passado, chegou ao Brasil uma nova variante da Covid-19, a Ômicron, que, segundo especialistas têm um alto poder de transmissão. Junto com ela, chegou uma onda de gripe, principalmente a H3N2, que tem afetado grande parte da população. 

Em Sertãozinho, não é diferente. Os atendimentos de síndromes gripais dispararam neste mês de janeiro e os casos das duas doenças aumentam a cada dia, deixando lotados os serviços de pronto atendimento. Com as possibilidades de contágio aumentadas, a exposição dos profissionais de Saúde tem resultado em muitos deles contaminados, tanto com Covid como com síndromes gripais, com sintomas leves ou não, sendo necessário afastamento do trabalho de 7 a 10 dias.  

Na Santa Casa, por exemplo, cerca de 20% a 30% dos funcionários foram afastados, em todas as áreas de atuação, e isso tem influenciado diretamente na realização de horas extras, inclusive para não prejudicar a assistência aos pacientes, sendo a preocupação neste momento. “Dessa forma, nos sentimos na obrigação de alertar a população que colabore adotando e reforçando as medidas de proteção e prevenção para conter a contaminação em massa de pessoas como vem ocorrendo”, alerta Rita Montenegro, administradora da Santa Casa.

Ela prossegue: “Em janeiro, o número de casos e atendimentos de síndromes gripais disparou. Com isso, nossos colaboradores também foram afetados e precisaram se afastar. Agora, dependendo o setor, já estamos com até 30% do pessoal afastado, o que nos causa uma grande preocupação, porque como vamos conseguir manter os mesmos atendimentos prestados com tantos funcionários a menos? O que estamos vendo é que muitas pessoas que estão doentes, mesmo com Covid positivo, sem sintomas ou com sintomas leves, estão circulando livremente, frequentando lugares públicos, farmácia, supermercado... O que o pessoal está esquecendo é que, mesmo sem sintomas, eles estão transmitindo os vírus, contribuindo para esses surtos que estamos vivendo.”

Rita alerta que, entre aqueles que se saem bem, sem complicações, há os que, mesmo são intubados com sintomas graves da doença, correndo risco de morte. “Gostaríamos muito de conscientizar estas pessoas, pedindo que voltem a adotar rigidamente as medidas de prevenção, que são as mesmas para Covid e síndromes gripais. E o principal: que se estiver em isolamento, mesmo estando sem sintomas, respeite a regra e o outro ser humano que pode ser exposto e sofrer talvez muito mais que você. Esta é a única maneira de contermos a disseminação de casos e talvez muitas mortes, evitando a transmissão a outras pessoas. Penso na possibilidade de precisar de assistência médica ou hospitalar para familiares, amigos e não haver profissionais disponíveis para tal, até porque o atendimento dos serviços de Saúde envolve não só médicos e enfermeiros, mas nutrição, limpeza, recepção, manutenção, etc. Alerto também às pessoas que têm cirurgias agendadas. Se estiverem com algum sintoma, não compareçam ao hospital. Entrem em contato para remarcar. Acompanhantes dos pacientes que necessitam, não adentrem ao hospital com sintomas de gripe. Vários pacientes têm negado sintomas por ser só uma ‘pigarrinha’ na garganta e estão positivando para Covid. Queremos evitar situações que nos obriguem a parar a assistência por falta de profissionais. Então, imploramos a colaboração da população para que isso não aconteça. Afinal, o banco pode fechar, o restaurante pode fechar, o mercado, as lojas, tudo pode fechar, mas o hospital não. Precisamos muito da consciência de todos para frearmos essa atual situação”, finaliza Rita. 

Se estiver com sintomas gripais, se isole. Vá ao médico apenas em casos estritamente necessários. Só saia de casa para o essencial e, ao sair, adote as medidas de prevenção. Lembre-se: máscara seca e limpa cobrindo corretamente a boca e o nariz, lavagem constante das mãos, uso de álcool gel 70%, distanciamento social de pelo menos um metro entre as pessoas e não participar de aglomerações. Contamos com vocês.

 

(JC Comunicação e Assessoria de Imprensa)