No Podcast da Dra. Rita, a convidada foi a psicóloga Érica

No Podcast da Dra. Rita, a convidada foi a psicóloga Érica
21/07/2025

Ela abordou o tema “Férias: o que fazer com as crianças e adolescentes?”.

Érica destacou que as férias podem ter influências positivas ou negativas na vida das crianças, dependendo de como esse período é estruturado. Chamou a atenção para o fato de que muitas crianças, mesmo pequenas (com 6 ou 7 anos), chegam aos atendimentos psicológicos preferindo conversar sobre assuntos profundos do que brincar, o que revela vivências complexas e emocionalmente carregadas.

A psicóloga também apontou que há crianças que preferem estar na escola a ficar em casa, devido a condições familiares adversas, como falta de alimentação adequada, brigas constantes ou até situações de trabalho infantil. Assim, ela ressaltou a importância de olhar com sensibilidade para a realidade de cada criança e de planejar as férias com responsabilidade, oferecendo um ambiente seguro, acolhedor e estimulante para o desenvolvimento infantil.

 

Sobre regras pra crianças

A psicóloga explica que as crianças, muitas vezes, pela falta de regras, acabam tendo comportamentos pedindo isso, pedindo essas regras, esse limite, por mais que no começo seja difícil. O que acontece é que, talvez na época desses pais, quando eles foram educados, não tinha toda essa gama de coisas que a gente tem hoje, informação, tecnologia.

“Talvez eles também não consigam acompanhar tudo isso, enquanto que nós temos crianças, por exemplo, ali de cinco anos, ensinando a gente a mexer em coisas que talvez a gente não sabe. Então é por isso que essas redes sociais, elas precisam ser fiscalizadas, o celular precisa ter regra. Os pais têm que estar em cima disso.”

 

Como tirar as crianças da tela?

“Muito ótima pergunta, na verdade, que a gente brinca aqui é a pergunta dos milhões, né. Mas, novamente, volto a reforçar. Tenham tempo com os seus filhos, né? Ou são os seus filhos? Por que será que a tela, por que será que os jogos, as redes sociais, é algo que instiga tanto essa criança? E aí a gente vai tentar de fato o que eles estão vendo ou o que eles estão participando. Além disso, colocar regras, colocar limites, né?  Uma criança ali, por exemplo, que tem uma dificuldade do sono, de insônia. Ela não pode, aliás, ninguém pode fazer o uso de celular, hora que vai dormir, né? Porque a gente estimula o cérebro.  Agora, pensar, então, nessa questão do limite da criança. Olha, deixe a criança participar desses limites.

Filho, que horas você prefere fazer o uso do celular? Vou te dar que você tem duas horas no dia para fazer.  Você prefere usar uma hora de manhã, meia hora de manhã, uma hora e meia tarde. Como você quer fazer? Esses combinados com o filho, eles são muito importantes, porque eles participam dessa regra.”