Americo Perin

Fala-se muito, atualmente, na necessidade do desarmamento da população civil brasileira. Em 2024, o Brasil registrou 38.075 pessoas assassinadas, de acordo com os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Contudo, sabe-se, e não se faz nada de efetivo. A violência é um fenômeno complexo, para o qual devemos oferecer soluções diferenciadas. O que parece não estar no entendimento das autoridades no poder.

Desarma-se o povo e inibe-se o policial quando está no ato das suas atribuições, porém o que se faz para dar saúde e escola de boa qualidade à população?

Quais são os bons exemplos a serem oferecidos aos nossos jovens? Onde andarão os bons políticos, empresários etc, que, com sua imagem e exemplo, fariam toda uma população entender que o trabalho e o esforço pessoal são preferíveis à esperteza torpe e a desonestidade que só trazem miséria e tragédias para o nosso povo?

O que se vê hoje em Brasília é uma democracia transformada num ritual eleitoral vazio. E a culpa disso deve-se principalmente à falta de conteúdo nos quesitos de honestidade e patriotismo dos tais, agora, execrados pelo povo.

Muito mais do que uma morte por tiro a cada poucos minutos, matam-se multidões de uma vez só com uma canetada perversa de algum poderoso. Cada vez que o dinheiro público é desviado para uma conta particular em algum paraíso fiscal, deixa-se de construir uma escola, um hospital e diminui-se o capital interno capaz de gerar investimentos que trariam mais empregos e melhoria na distribuição de renda.

Criou-se, com isso tudo, um sentimento de apatia e mal-estar na população: “a política não serve para nada”, “todos os políticos são iguais...".

Baixo clero ou alto clero, à parte, está se criando um clima perigoso. Na França, em tempos antigos, houve uma grande revolta popular incitada pelo simples aumento no preço do pão. Nobres, incluindo até o próprio rei, foram decapitados pelo povo!!!

Portanto... Cuidado, maus governantes...