MÃES DE SANTO - duas personalidades da umbanda são homenageadas pela Vereadora Neli Tonielo.

18/12/2018

Senhora Delurdes de Souza Simões Gomes (Vovó Delurdes), pelos 65 anos de dedicação como Mãe de Santo e a Senhora Amerita Ferreira dos Santos (Dona Amélia), pela sua dedicação durante 60 anos como Mãe de Santo.

“Vovó Delurdes ou Madrinha Delurdes, como é chamada, nasceu em nossa cidade, casou-se ainda jovem e teve 5 filhos.

Auxiliada por Oswaldo Gomes, Mário Garrefa (chefe de terreiro) e um outro amigo do qual ela não se lembra bem o nome, construiu um terreiro em sua própria casa no ano de 1969. Mais tarde, ela viria a construir um outro na cidade de Santos.

Com apenas 07 anos de idade Vovó Delurdes descobriu sua inclinação para o ofício de Mãe de Santo após, segundo a médium, ter visto Nossa Senhora no fundo de uma mina e conversado com ela; além de ter curado as enfermidades de duas pessoas a pedido de sua mãe.

Madrinha Delurdes alega ter sido abordada, ainda criança, pela Polícia Militar e levada de sua casa, retornando ao lar um ano mais tarde.

Com o passar do tempo, ela adquiriu um diploma específico para dirigentes espirituais do Candomblé e Umbanda que, no passado, era um requisito importante para a fundação e estabilidade de um terreiro, impedindo a intervenção da Polícia Militar no ofício.

Dona Amélia tem 85 anos e veio do Estado da Bahia para o Estado de São Paulo quando ainda jovem. Descobriu sua inclinação para o ofício de Mãe de Santo aos 10 anos de idade, fundando, mais tarde, o seu próprio terreiro em Sertãozinho/SP.

Este local é chamado de Tenda de Umbanda Joana D’arc, nome dado em homenagem à personagem histórica, reconhecida por seus feitos heroicos e que, segundo Dona Amélia, teria aparecido para ela em uma visão, além de ter ajudado no processo de libertação dos escravos, “vencendo a senzala”.

A líder religiosa se casou aos 18 anos e mora com familiares que a ajudam nos trabalhos da Umbanda. Ela conta receber revelações dos orixás por meio de visões e sonhos, que podem trazer notícias boas ou ruins sobre algo ou alguém.  

Nos dias de celebração, a Tenda de Umbanda Joana D’arc recebe pessoas de diferentes lugares da cidade para ouvir as mensagens da médium, transmitidas em formato de poema, música, etc., e, ainda, se encontrar com os orixás, que visitam o Centro a fim de dar explicações aos que solicitam sua ajuda.

 “Continue fazendo o trabalho de vocês, o amor e caridade” Neli Tonielo