INDÚSTRIA - Bolsonaro apoia setor de etanol e promete parceria

INDÚSTRIA - Bolsonaro apoia setor de etanol e promete parceria
09/11/2018

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) apoiará a indústria de etanol brasileira e se comprometeu a ser um parceiro do setor de biocombustíveis, de acordo com um comentário transmitido na última segunda-feira durante a conferência internacional da Datagro em São Paulo.

Bolsonaro, político da direita, derrotou o esquerdista Fernando Haddad no segundo turno da eleição no domingo, e disse, em um vídeo, que ele gostaria de ver o Brasil retomar a liderança global na produção de etanol, que foi perdida para os Estados Unidos há alguns anos.

“No passado, nós éramos líderes neste setor e certamente iremos retomar a posição de liderança”, disse o presidente em um vídeo apresentado pelo deputado Evandro Gussi, autor da lei que implementa a nova política brasileira para aumentar o consumo de combustíveis renováveis, o RenovaBio.

Essa indústria “é muito importante. Ela reduz as emissões de carbono e, explorando algo que é nosso, fornece energia para o Brasil. Vocês podem contar conosco, nós somos parceiros neste assunto”, afirmou Bolsonaro.

Gussi disse que o vídeo foi gravado por ele alguns dias atrás, antes da votação do segundo turno.

O RenovaBio é visto pela indústria sucroenergética brasileira como um colete salva-vidas para as usinas que estão passando por dificuldades financeiras após vários anos de baixos preços para o etanol e o açúcar.

A nova política, que ainda precisa ser totalmente regulamentada pelo governo federal – cuja posse será em 1º de janeiro de 2019 –, define metas anuais crescentes de volumes comercializados de etanol e biodiesel, dentre outros biocombustíveis, para os distribuidores de combustível.

A indústria de etanol estava com dúvidas se Bolsonaro iria apoiar a política e levar sua implementação adiante, especialmente após sua ameaça de retirar o Brasil do Acordo de Paris. Porém, alguns dias antes do segundo turno da eleição, ele voltou atrás e disse que o Brasil iria seguir honrando o tratado assinado. (Com informações do Portal Nova Cana)