GREVE - “Trabalhar sem salário e sem nenhum respeito não dá”

GREVE - “Trabalhar sem salário e sem nenhum respeito não dá”
02/06/2015

A pergunta que não quer calar: “Você trabalharia numa empresa sem receber seus direitos, sem ser depositado o FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para prevenir seu futuro, e o pior, ficaria tranquilo numa empresa que, quando demite um colega de trabalho, o mesmo sai sem nenhum centavo no bolso e fica muito tempo, até anos, lutando na Justiça pelos seus direitos?”.

Essa é a pergunta que os trabalhadores da Dedini de Sertãozinho estão fazendo para todos que criticam essa greve num momento de crise do setor. “Trabalhar sem salário e sem nenhum respeito não dá”, garantem.

 Por outro lado, já pensou nesses trabalhadores dentro da empresa, pensando nas contas que estão acumulando, nos juros que os bancos estão cobrando, e sem receber seus direitos e movimentando peças que pesam toneladas?

Os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos e o presidente Samuel Marqueti explicam que o Sindicato não está parado. “Entramos com uma liminar na Justiça de Sertãozinho quando descobrimos que os bens da Dedini foram bloqueados para pagamento de bancos. Assim, nosso jurídico fez um apelo ao juiz da comarca de Sertãozinho solicitando que, uma parte desse bloqueio seja revertida para o pagamento dos trabalhadores. Nosso jurídico está empenhado junto com o juiz, que já enviou o pedido de liberação para o juiz que fez o bloqueio. Estamos no aguardo dessa liberação e contamos com o apoio da população. Também apelamos para a consciência do juiz, que com certeza pensará nas milhares de famílias que estão sendo prejudicadas com essa greve”.

 Nesse momento, os diretores fazem um apelo também aos governos municipal, estadual e federal. “Precisamos do envolvimento de todos nessa questão, pois não é apenas o trabalhador que sai perdendo nessa briga, o município também. Assim, convidamos o prefeito e os vereadores para entrarem nessa luta e dizer não, basta de prejudicar o trabalhador”, finalizam.

 Com início em 6 de maio, a greve da Dedini continua até o fechamento dessa edição. (Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgico)