Gás de cozinha pode chegar a R$ 200,00 este ano

Gás de cozinha pode chegar a R$ 200,00 este ano
18/01/2021

O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, afirmou que o gás de cozinha poderá chegar a R$ 200,00 este ano. Porém, o preço pode também variar de R$ 150,00 a R$ 200,00. A informação é do portal Metrópoles.

Na entrevista, ele criticou o constante aumento do preço do Gás Liquefeito do Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha e vendido para as distribuidoras pela Petrobras. Em menos de quinze dias deste ano, a Petrobras já aumentos o preço do GLP. Já o reajuste anterior a este aconteceu no inicio de dezembro.

“Se persistirem esses aumentos consecutivos, sem limites, a previsão é de que o gás de cozinha chegue logo a R$ 150,00. Vai ser um pulo. Já para chegar a R$ 200,00 depende dessa política de preços”, estima.

Por enquanto, o brasileiro deve preparar o bolso para pagar, em média, R$75,04 por um botijão de 13 kg. É o que aponta os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) atualizados nessa semana. Nos preços mais altos, o custo do botijão de 13 kg pode chegar a R$ 105,00.

 Aumentos constantes do gás de cozinha

O GLP acumulou alta de 21,9% ou R$ 6,08 por botijão em 2020. Isso contando apenas com o preço repassado as distribuidoras pela Petrobras. Ou seja, a alta para o consumidor final pode ter sido ainda maior.

A Petrobras revende para as distribuidoras, que compram e repassam o valor, junto com a porcentagem, dos seus lucros, para o consumidor final.

Hoje, GLP é vendido pela petroleira estatal a distribuidoras, com um botijão de 13 kg por R$ 35,98. Antes do reajuste, o valor era de R$ 33,89 por 13 kg. Ou seja, o gás subiu R$ 2,00 com a nova mudança da estatal. O valor médio pago pelo consumidor final é mais que o dobro: R$ 75,00.

“Os ministros de Minas e Energia e da Economia prometeram publicamente que o preço do gás iria cair até 40% ou 50%, mas, desde então, o valor só sobe – e não há qualquer previsão de redução”, lembra Borjaili.

“Pelo contrário, o que temos são aumentos consecutivos. A Petrobras não passa um mês sem aumentar ao menos 5% do combustível [vendido às refinarias] e, alinhado a isso, tem o aumento dos estados via ICMS”, completa.

Para Borjaili a situação é um desrespeito à população mais vulnerável.
“Nós vendemos em média 35 milhões de botijões de gás todo mês. O país tem 15 milhões das famílias no Bolsa Família que vivem com uma renda per capita de até R$ 87,00. Então, nem gás podem comprar”, diz Borjaili. “Não é a classe A que precisa do gás de cozinha. Quem precisa é quem tem que fazer arroz, feijão, mingau todos os dias”, finaliza.

(Com informações www.noticiasconcursos.com.br/economia)