Especialistas discutem complicações da esporotricose em humanos e animais
O Podcast Dra. Rita recebeu nesta quinta-feira a diretora de Vigilância em Saúde, Fábia, e o diretor do Núcleo de Proteção e Bem-Estar Animal, Juliano, para debater os riscos e complicações da esporotricose, doença que pode atingir tanto pessoas quanto animais.
De acordo com os especialistas, quando não há tratamento adequado, a enfermidade pode evoluir de formas leves para quadros graves e até fatais.
Nos seres humanos, a esporotricose apresenta-se em quatro fases distintas. A primeira é a cutânea, caracterizada por lesões superficiais na pele. A segunda é a linfocutânea, em que nódulos se espalham pelos vasos linfáticos e atingem camadas mais profundas. Se não controlada, a doença pode chegar à forma extracutânea, comprometendo ossos, articulações e mucosas, causando dores, inflamações e limitações funcionais.
O estágio mais grave é a disseminada, quando a infecção alcança diversos órgãos, como os pulmões. Nessa fase, os sintomas podem se assemelhar aos da tuberculose, e as complicações tornam-se severas, sobretudo em pessoas com baixa imunidade.
Nos animais, o avanço segue padrão semelhante: começa com lesões cutâneas e pode progredir até o comprometimento de órgãos internos, representando risco significativo de morte sem diagnóstico e tratamento precoce.