AMÉRICO PERIN
Pôr no cabresto, verbo.
Colocar no cabresto, subjugar, submeter ao domínio, prender.
Longo foi o caminho que trouxe o povo brasileiro ao lamentável estado em que se encontra. Algumas décadas atrás, nem todos tinham acesso ao ensino público, mas aqueles que iam para a escola aprendiam. Os jovens liam livros, sim, não apenas textos ou contos de algumas poucas páginas ou histórias em quadrinhos, mas livros inteiros! E entendiam o que estavam lendo!!! O resultado era visível e sensível em toda parte.
Assista a qualquer matéria de TV feita com transeuntes. Alguém com menos de 30 anos ainda sabe o que é um transeunte?
Enfim, veja qualquer entrevista de algumas décadas atrás e fique abismado com o vocabulário e a capacidade de comunicação de cidadãos comuns. Veja a música que saía dos estratos mais pobres da sociedade: ouça Cartola, Luiz Gonzaga e Adoniram Barbosa, Tião Carreiro, Noel Rosa, todos homens humildes, simples, que enfrentaram dificuldades na infância, mas que sabiam o que é poesia, o que é beleza.
Escute as músicas deles e compare com o lixo pornográfico que hoje equivocadamente chamamos por música e que ouvimos por toda parte.
É que nas últimas décadas caímos na mentira que cada aluno deve aprender em seu tempo e de acordo com a sua vontade. Que decorar é ruim, que o professor deve ser apenas um facilitador, que a escola deve trocar gramática e aritmética por educação sexual (mal dada)...
Foi assim que encabrestaram o brasileiro. Submeteram-no ao jugo da ignorância e da indigência mental. Prometeram educação crítica e criaram analfabetos funcionais. Prometeram liberdade e entregaram a escravidão aos piores vícios e extintos mais animalescos.
Uma nação entristecida que não lê, não escreve, não pensa, não sente, fala mal e cujas aspirações se reduzem a uma picanha passada na farinha, com uma cervejinha do lado...
(Texto extraído da internet (Cazarre) e sugerido pelo meu companheiro de armas da AVFAB – Associação dos Veteranos da FAB - Força Aérea Brasileira, Paulo Xavier)