ECONOMIA - Comércio sertanezino já vive momentos de crise

A imagem fala por si só: o fraco movimento no comércio
23/03/2015

Lena Aguilar

 

A crise que ainda permanece no setor sucroenergetico e que desempregou mais de três mil trabalhadores no ano passado em Sertãozinho já começa a dar sinais do desaquecimento no comércio local.  O operador de máquinas Claudio Aparecido Silva, 40, é um dos trabalhadores que sofrem esta consequência.

“Estou desempregado desde 19 de dezembro de 2014. Não está fácil a situação. Faz dois meses que estou procurando emprego. Todo lugar que vou diz que não há vagas. Isso bate um desespero, penso até em mudar de cidade”, disse.

 Lojas estão liquidando os produtos na tentativa desesperadora de alavancar as vendas. Outras, porém, mudaram de endereço para fugir do alto preço do aluguel e algumas até já encerraram suas atividades. Mas, enquanto uns desistem, outros lutam! Fazem promoções para tentar amenizar os efeitos da crise. É o caso do comerciante André Luis Fernandes.

“Essa crise é uma oportunidade única que os consumidores têm de comprar barato, pois estamos  fazendo muitas promoções com condições diferenciadas e os clientes possuem esta oportunidade de comprar produtos bons com melhores condições. Estamos fazendo o possível para fomentar e alavancar o comércio sertanezino”, explica.

O presidente da Acis, Geraldo Zanandréa, comenta esta situação e aponta quais as possibilidades de recuperação.

“A crise é nacional. Sertãozinho não fugiu dela. E temos também a crise do setor sucroenergético que atinge diretamente as nossas indústrias e, consequentemente,  o comércio local. Sertãozinho vem reagindo tentando se adequar, como no caso de custos - locação de imóveis, funcionários e produto -, além de fazer a readequação de funcionários para que não tenham demissões no comércio. Para recuperarmos as perdas,  trabalhamos forte  em campanhas, como foi o Dia Internacional da Mulher, e a Páscoa que virá. São datas importantes. Com promoções criativas e preços atrativos.  Espero que a nossa economia não fique nesta recessão e que o governo olhe com carinho para a produção da agricultura,  indústria e comércio geral”, finaliza.