Dra. Rita entrevista a psicóloga Maria Eduarda sobre o tema “Violência e crianças: o que está acontecendo?”

“É importante lembrar que o adolescente vai responder por ato infracional, não pelo crime, e esta relação entre lei e adolescente precisa ser analisada.”

“O uso excessivo de telas pode tornar a criança violenta, quando ela vê isso nos jogos que ele joga, quando ela presencia isso diariamente através destes jogos.”

“Ninguém nasce violento, a criança pode ser induzida a violência por conta do ambiente doméstico, a violência dentro da própria casa, famílias desestruturadas, pai agressivo, ou seja, são vários fatores que podem levar a criança à violência.”

“Alguns sinais de que a criança pode ser propensa a violência é o isolamento social, que é um grande sinal, outro sinal quando a criança começa a maltratar os animais, a falta de empatia com o outro, as mentiras, manipulações, ou quando você percebe que ela gosta de ver a outra chorar. São atitudes que, quando a criança toma, é preciso ficar alerta.”

“Um exemplo quando a criança briga na escola, e dá um soco no outro, e ela não se arrepende, ela se sente bem com isso, este é um indicio de violência, que pode piorar.”

“Outro indicio é quando a criança se recusa a obedecer regras. Quando o pai coloca uma regra, é importante que ele não mude as regras, que não altere. E importante que as crianças aprendam a seguir as regras, que as crianças tenham seu limite.”

Segundo a psicóloga, os jogos podem ser uma fuga da realidade. Ela orienta que, nesse caso, algumas alternativas podem ser o esporte, a cultura, que são canais mais adequados quando a criança tem uma realidade difícil de convivência.

A psicóloga Maria Eduarda afirma que a Psicologia pode auxiliar as crianças quando a família percebe que a criança tende a se tornar violenta.

Brincadeiras e brigas na escola

Sobre brigas na escola, ela afirma que são normais, mas a família tem que observar o comportamento da criança, se isso se torna frequente, como ela lida com essas brigas. Se ela não se preocupa se a outra criança se machucou, esse comportamento precisa ser analisado.