Dia 23 setembro dia do sorvete

Dia 23 setembro dia do sorvete
27/09/2021

O sorvete foi inventado na China. Era uma sobremesa típica das elites daqueles tempos. Mas como dissemos, foi na China que o sorvete, bem parecido com o que temos hoje foi criado. Entre 618 e 697, o imperador chinês King Tang misturava uma base de leite e arroz com o gelo. Trazendo para a modernidade, a história do sorvete moderno começa na Itália. Foi trazida da China para a Itália pelo famoso explorador Marco Polo e a receita era muito parecida com o que chamamos de sorvete hoje em dia. Mais vamos falar dele no Brasil!

 

Quando surgiu o primeiro sorvete no Brasil?

No Brasil, os cariocas foram os primeiros a experimentar a delícia gelada que vinha ganhando o mundo. Em 1834, o navio americano Madagascar, vindo de Boston, aportou na cidade do Rio de Janeiro com cerca de 200 toneladas de gelo em blocos.

O objetivo: fazer sorvete!

No século 17, quando o monarca Francisco I esteve em campanha na Itália, decidiu levar para seu filho, o Duque de Orleans, uma noiva, Catarina de Médicis. A ela atribui-se a introdução do sorvete na França. Neste mesmo país, em 1660, Procopio Coltelli inaugurou, em Paris, a primeira sorveteria do mundo.

 

Agora em Sertãozinho, também tem história!

Pesquisando em Sertãozinho, antes das tradicionais sorveterias Cremoso, Pimpinela e outras, numa época muito antiga, havia uma bem tradicional que era a sorveteria do Rangel. Sorveteria do 'seo' Noca Bizzio. Sorveteria do sogro do Lúcio da Rádio.

 

fala da minha amiga Sandra

 

"Durante minha pesquisa, e conversas que tive com amigos sábios da cidade, Sandra, Mané, Sônia Sarti, me citaram vários locais e nomes, o que é bem interessante de saber sobre a evolução e de muitas sorveterias que iniciaram e que infelizmente já fecharam.

As pessoas dizem que no bar do Pedro os sorvetes de nata e de limão eram famosos.

Sorvetes no bar do Pedro, bar do Tom!"

 

SORVETERIAS SERTANEZINAS

O presente relato é fruto de lembranças pessoais, sem referências bibliográficas, temporais ou dos nomes exatos dos seus proprietários.

 

Na década de 1950 as principais sorveterias, localizadas na área central da cidade eram:

BAR E SORVETERIA PARATODOS – Localizada na rua Barão do Rio Branco, entre as ruas Epitácio Pessoa e Dr. Antônio Furlan Júnior, defronte ao Cine Paratodos. Proprietários: Família de Francisco Pascual, depois família Sarni (ou vice-versa, não tenho certeza). A especialidade da casa era o ESQUIMO, um picolé à base de leite que, depois de congelado, era mergulhado numa calda de chocolate puro formando uma película externa.

BAR E SORVETERIA SONIA – Localizada na rua Barão do Rio Branco, esquina com a rua Dr. Antônio Furlan Júnior (hoje Edifício Maria José). Proprietário: Maury Gomes Martins. Ajudava-o no serviço de balcão, além da sua esposa, Maria José, o funcionário Roque.

BAR E SORVETERIA DO NEU – Localizada na rua Barão do Rio Branco, defronte à Igreja Matriz (onde foi a Ótica e Relojoaria Progresso). Proprietário: Neu Guidugli.

BAR E SORVETERIA DO TOM – Localizada na rua Barão do Rio Branco, também defronte à Igreja Matriz (atual Malulê). Proprietário: Tom Schiavetto.

BAR E SORVETERIA CENTENÁRIO (DEPOIS BAR DO TIO PEDRO) – Localizada na rua Aprígio de Araújo, esquina com a rua Cel. Francisco Shimidt (atual Edifício Largo da Matriz). Proprietário: Pedro Rodrigues, o Tio Pedro. A especialidade da casa era o famoso “Carcanhá de Sapu”, bebida preparada misturando sorvete de limão, batida de limão e xarope de groselha.

Observação:   Todas estas sorveterias citadas fabricavam seus próprios sorvetes e picolés. Cada uma delas era dotada de uma só máquina de bater sorvete, instalada no próprio balcão. Depois de pronto o sorvete era transferido para grandes recipientes do balcão refrigerado. Neste balcão eram primeiramente refrigerados em formas próprias e depois conservados, os picolés.

 

Na década de 1960, surgiram:

BAR E SORVETERIA DO JOAQUIM – Localizado na rua Sebastião Sampaio, esquina da rua Washington Luiz, defronte à Rodoviária Central (atual conjunto comercial).  Proprietário: Joaquim Mineiro (sogro do Lúcio da Rádio). A especialidade da casa era o famoso picolé azul, que ganhava esta cor por ser fabricado à base de pistache.

MÁQUINA ELÉTRICA DE SORVETE – Localizada sob a marquise da antiga Loja Penha, na rua Barão do Rio Branco, esquina da rua Washington Luiz. Proprietário: ?

 

Na década de 1970, surgiram as primeiras lanchonetes e novidades como a “vaca preta”(mistura de sorvete de ameixa com Coca-Cola), o Sunday, o colegial, a banana Split, os sucos, as vitaminas e naturalmente, os lanches.

As duas principais lanchonetes da época estavam localizadas na rua Aprígio de Araújo:

 

BOB'S ou “PIJAMÃO”, assim apelidado pelos frequentadores porque a fachada externa do imóvel onde foi instalada (defronte ao Bar do Tio Pedro), era pintada com listras azuis e brancas.

 

CHARLES, localizada na esquina do Clube Literário (hoje Biboca Masculina).

 

LANCHONETE DO CHIQUINHO – Localizada na rua Barão do Rio Branco, entre as ruas Washington Luiz e Vol. Otto Gomes Martins (atual Loja da Lika).

 

BAR DO LARANJINHA – Localizado na Rua Barão do Rio Branco, ao lado do atual Banco Santander.

 

SORVETERIA CREMOSO – Já nasceu inovando ao levar para o Bairro São João, a sua “fábrica” e sorveteria nº 1.

 

SORVETERIA PIMPINELLA – Seguiu os passos da pioneira instalando-se no Alto do Ginásio.