CORONAVÍRUS E AS LESÕES DE PELE

CORONAVÍRUS E AS LESÕES DE PELE
20/04/2021

Quando a Organização Mundial de Saude (OMS) declarou pandemia de um vírus ainda pouco conhecido por nós brasileiros, em 11 de março de 2019, não se imaginava que o Coronavírus (COVID-19) tornar-se-ia um grande problema de saúde da nossa atualidade. Sabidamente o vírus tem predileção pelo sistema respiratório, evoluindo com pneumonia intersticial e insuficiência respiratória nos casos mais graves, mas em cerca de 20% casos, o vírus também pode infectar outros órgãos, causando sintomas gastrointestinais, cardiovasculares, neurológicos e cutâneos.

Um grupo de pesquisadores comandados por Giulia Daneshgaran publicou em outubro de 2020 no American Journal Clinical Dermatology um estudo de revisão, baseado em evidências científicas, avaliando as manifestações cutâneas do COVID-19. A seguir algumas conclusões do estudo:

Quais as lesões de pele mais comuns associadas ao COVID-19?

As lesões mais comuns foram manchas ou pápulas avermelhadas ou arroxeadas que surgiram nas extremidades do corpo (mãos e pés). Porém a doença pode manifestar lesões variadas, tais como: erupções avermelhadas, vesículas, placas urticariformes, prurido (coceira), púrpuras, úlceras orais e até áreas de necrose (“morte” do tecido cutâneo).

Essas lesões de pele podem ocorrer em qualquer idade?

Sim. Nos adultos jovens, entre 20 e 30 anos, os sintomas mais comuns são as placas avermelhadas e coceiras, nos pacientes entre 40 e 50 foi mais observado lesões nas extremidades e, nos mais idosos e quadros mais graves, as lesões arroxeadas, úlceras e necroses. Nas crianças foram mais frequentes manchas avermelhadas em todo corpo associado a febre.

Outras viroses podem causar lesões similares as encontradas nas infeções pelo coronavírus e, podem confundir o diagnóstico. Como exemplos, o rash cutâneo (“vermelhidão” disseminado pelo corpo) é comum na dengue, no sarampo e na rubéola; as vesículas podem ser vistas nos quadros de varicela (“catapora”); as placas pruriginosas em quadros de urticária. Portanto é importante realizar o diagnóstico laboratorial (sorologia ou swap nasal) da doença, principalmente pelo risco infectocontagioso do COVID-19.

Na grande maioria dos casos as lesões são auto-limitadas, ou seja, se resolvem com término da doença. Porém lesões de pele mais graves, como necroses, ou quadros de prurido mais intensos podem permanecer mesmo após o final da infecção.

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