COMPORTAMENTO - Peso invisível do Natal desafia a saúde mental dos brasileiros
Psicanalista ensina como lidar com a pressão emocional
O Natal, frequentemente associado a celebrações e união familiar, também pode ser um momento de grande estresse emocional. Pesquisas recentes indicam que os níveis de estresse das pessoas aumentam significativamente no final do ano, impulsionados por fatores como expectativas sociais, pressão financeira e sentimentos de solidão.
A psicanalista Ana Lisboa, fundadora e CEO do Grupo Altis — startup focada em negócios sistêmicos e universidade reconhecida pelo Ministério da Educação e especializada em saúde mental feminina —, observa que idealizar o "Natal perfeito" pode ser prejudicial. "O Natal cria uma ideia de que tudo precisa estar em harmonia: a família unida, o jantar impecável e as emoções equilibradas. Quando isso não acontece, as pessoas se sentem fracassadas, o que pode desencadear ansiedade e tristeza", explica.
Além disso, muitas pessoas relatam um sentimento de solidão que é mais intenso durante as festas, mesmo em meio a confraternizações. Ana explica que esse sentimento é exacerbado pelas mídias sociais, que frequentemente exibem imagens de celebrações idealizadas. "A exposição constante a essas comparações faz com que muitas pessoas se sintam inadequadas ou desconectadas, como se estivessem 'ficando para trás'", alerta.
Segundo Ana, as mulheres muitas vezes enfrentam um fardo ainda maior nesse período. Pesquisas mostram que muitas delas assumem a responsabilidade principal pela organização das festividades, desde os preparativos até a gestão do bem-estar emocional dos familiares. "Elas carregam o fardo da logística e do cuidado com os outros, o que muitas vezes resulta em exaustão física e emocional", destaca.
Para amenizar esses impactos, Ana Lisboa sugere algumas práticas simples e eficazes. "É essencial aprender a dizer não. Não precisamos atender a todas as demandas ou aceitar todos os convites. Estabelecer seus próprios limites e priorizar o autocuidado são passos importantes para preservar a saúde mental", recomenda.
Ela também enfatiza a importância de buscar momentos de conexão verdadeira. “Participar de atividades focadas em bem-estar, como meditação ou até mesmo encontros menores e significativos, pode ajudar a aliviar a pressão emocional deste momento”, diz Ana.
Por fim, a psicanalista ressalta que o Natal não precisa ser perfeito para ser significativo. "O mais importante é criar momentos que tragam significado e paz, independentemente das expectativas externas. O foco deve estar no que realmente importa, seja uma conexão consigo mesmo ou com os outros", conclui.
Ana Lisboa @analisboa
Psicanalista, professora, empresária, advogada, palestrante e fundadora do maior movimento de saúde mental feminina do mundo. Ana é formada em Psicologia Positiva, Neurociências e Terapia de Casais. Também é formada em Direito, com especialização em Direitos da Mulher, e mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Autónoma de Lisboa. Fundadora e CEO do Grupo Altis, startup inovadora focada em negócios sistémicos e universidade reconhecida pelo MEC e especializada em saúde mental feminina, Ana é especialista em terapias sistémicas e lidera a comunidade Feminino Moderno, com mais de 63 mil alunas em 42 países.
Gabrielle Monice - Assessoria de Imprensa / gabrielle@maximasp.com.br