ANA CARMONA

08/07/2019

Assim ela se foi...

 

A menina que pegou o canarinho do peito amarelinho para dar para o irmão.

A moça mais bonita do circo.

A mulher que gerou três filhos.

A sogra que fazia sempre um agrado.

A avó que fazia bolinho de chuva.

A esposa que pintava o cabelo do marido.

A que tinha sempre uma solução para resolver um problema ou para melhorar o enfeite.

A fazedora de andor para procissão do Bom Jesus da Lapa.

A decoradora que tantas festas abrilhantou e sempre causava emoção em tantas noivas e noivos.

As flores que você usava eram naturais. Natural como você era no dia a dia. Em casa ou no trabalho. Na reunião familiar ou numa conversa informal no meio da rua.

Era capaz de parar o tempo, para dar o seu tempo e ouvir o outro.

Ria exageradamente.

Falava com os olhos.

Exalava perfume fresco.

Ana era brisa leve.

No fundo, todos nós queríamos que você fosse uma flor de plástico, assim nunca murcharia e, para nossa alegria, aqui permaneceria.

Assim ela se foi...

Como vento que passa ou como a chuva que vem e vai embora.

A sempre “Ana” chegou, passou por aqui, mudou nossas vidas e foi embora quando todos queriam que ela ficasse.

 

Obrigado por tudo, descanse, decore e conte uma boa piada em um bom lugar.

 

Ass. Geraldo, André Pitangueiras, Leandro Carmona, Tanara, Giovana Cantolini, Robinho, Cacá, Pê e Gael.